15º Prémio do Torrão

É já aquilo que se pode chamar de uma "clássica" para o escalão Master, esta corrida organizada pela Junta de Freguesia do Torrão. Foi a 15ª edição desta prova. Foi a minha 3ª participação nesta corrida (2008, 2009 e 2010), sempre no dia 25 de Abril, a prova está inserida no programa das festas desta localidade alentejana. O percurso também foi o mesmo, saída do Torrão em direcção a Alcácer do Sal, e regresso pela mesma estrada até ao Torrão. O final sempre "apertado" com viragens e travagens apertadas já dentro da localidade, propicia alguns problemas aos corredores. Desta vez não foi excepção. A vitória foi para o João Portela (CC Salvaterra), mas o 2º classificado na corrida, Rui Rodrigues, queixou-se de sprint irregular por parte do corredor do Salvaterra. Os comissários não entenderam assim, e a vitória foi mesmo para o corredor do Salvaterra. A mim, a prova correu-me bem, sem percalços nenhuns e finalizei no 8º lugar entre 84 corredores. Em relação à equipa, mais uma vez conseguimos o 5º lugar na classificação colectiva, sendo portanto um bom resultado. Média do vencedor 40.4 km/h para 75.7 kms.

Classificações

1º João Portela C C Salvaterra 1:52:09
2º Rui Rodrigues Fundiarte/Crédito Agrícola Costa Azul 1:52:09
3º Humberto Silva Peçamodovar/Albitur.pt 1:52:09
4º Luís Gomes Fundiarte/Crédito Agrícola Costa Azul 1:52:09
5º David Costa Fundiarte/Crédito Agrícola Costa Azul 1:52:09
6º Davide Garrido Viveiros V.Lourenço/Sintra C.C. 1:52:09
7º Mário Figueiredo Viveiros V.Lourenço/Sintra C.C. 1:52:09
8º João Coelho Burger Ranch - Portimão 1:52:09
9º Luis Pinela Prorace / Évorabike / CC Évora 1:52:19
10º João Sanona Individual 1:52:19


Equipas

1ª Fundiarte/Crédito Agrícola Costa Azul 5:36:27
2ª Viveiros V.Lourenço/Sintra C.C. 5:36:37
3ª Peçamodovar/Albitur.pt 5:36:47
4ª Prorace / Évorabike / CC Évora 5:36:57
5ª Burger Ranch - Portimão 5:37:10
6ª C C Salvaterra 5:37:27
7ª Atlético Sport Clube 5:37:46
8ª Casa do Benfica em Pataias 5:38:09
9ª Silvino J.Silva/Sporting C Vila Verde 5:40:04
10ª Centro Ciclismo de Cuba/Eurosoluz 5:50:57
11ª Águias de Alpiarça/Velo Service 5:51:28

3º Prémio Jose Amaro

Foto : O Cesar Mestre, eu e o David Caetanita antes da partida da 2ª etapa em Melides

Isto já vem com algum atraso, até porque entretanto já participamos numa outra prova...mas não deixo de deixar aqui uma crónica sobre este Prémio José Amaro, uma das melhores provas que se realizam em Portugal para o escalão de Masters. Foi no passado dia 17 e 18 de Abril, que se realizou esta prova que homenageia o ex corredor José Amaro, natural de Grândola, falecido aos 33 anos vitima de doença. A prova incluía 2 etapas. No sábado com 82 corredores à partida, o pelotão fez-se à estrada para percorrer 95.9 km na ligação Grândola - Sra. da Penha. Logo à partida, chuva intensa e granizo! No entanto ao longo da 1ª hora de corrida a chuva acabou por dar tréguas. A 1ª etapa com 5 contagens para o prémio da montanha, 2 metas volantes e 2 sprints especiais prometiam "aquecer" a corrida. Logo na 1ª contagem de montanha, começou a formar-se um grupo de fugitivos. Após a contagem ao aperceber-me que a minha equipa não tinha lá nenhum representante, decidi atacar e juntar-me aos fugitivos. A colaboração lá na frente não era a melhor. Sempre pensei que a fuga iria dar em nada, pois não "andávamos" na frente e o pelotão provavelmente iria reagir. Ainda passei em 2º na 2ª contagem para o prémio da montanha (Serra de Grândola). No entanto o pelotão também não reagia, talvez porque a maior parte das equipas tinha representantes na fuga. Na aproximação à 3ª contagem do prémio da montanha do dia, atacam 3 corredores do grupo de fugitivos que já não seriam alcançados. Faltaria na altura cerca de 20 quilómetros para a meta. No grupo de fugitivos, José Silva atacou na 3ª contagem de montanha e apenas o Humberto Xavier (Almodôvar), Gualdim Carvalho (Grândola) e eu seguimos a sua roda. Mais tarde ainda se juntaram alguns corredores. No final, já "sem pernas" para a ultima subida, acabei no 7º lugar.

Nesta etapa, foi pena o azar que o meu colega João Antunes teve ao furar após a Serra de Grândola, quando seguia na frente da corrida. Já não voltou ao grupo da dianteira e foi absorvido pelo pelotão.

A 1ª etapa foi ganha pelo Carlos Coelho (CC Salvaterra).

No domingo, correu-se a 2ª etapa já sem chuva, felizmente. Após inúmeras tentativas de fuga, um grupo consegue formar-se na dianteira. Nesse grupo estava o meu colega de equipa David Caetanita. Logo atrás, seguia um 2º grupo onde eu estava, também o camisola amarela seguia nesse 2º grupo. Mantive-me tranquilo nesse 2º grupo, pois tinha um colega na frente da corrida. Na aproximação a Grândola, onde se iria percorrer a parte final da etapa em circuito de 3.3 km num total de 11 voltas, iria assistir-se a uma corrida emotiva. Quando chegamos a Grândola, havia cerca de 30 segundos entre o 1º e o 2º grupo. O restante pelotão, mais atrasado, foi mandado "encostar" pelos comissários que consideraram o atraso significativo. Portanto dos 80 corredores, sobrava cerca de 20 para o circuito final. No circuito, enquanto o grupo da frente consegue importante vantagem (cerca de 2 minutos), uma decisão corajosa do DD do CC Salvaterra, que mandou os 2 corredores que tinha no 1º grupo, esperarem pelo camisola amarela Carlos Coelho que seguia no 2º grupo, onde eu estava. Foi o volte face na prova. Com o CC Salvaterra na perseguição a quem seguia isolado, a velocidade aumentou e já próximo do fim, após grande trabalho da equipa de Salvaterra os fugitivos são apanhados, faltariam 2 voltas para o final. No sprint final fui encostado por um corredor do Grândola... tive de travar nos últimos 50 mts!!! O corredor que seguia à minha direita junto ao gradeamento, desvia a trajectória nos últimos metros para o interior da avenida, e por pouco (caso eu não travasse) não vou ao "tapete". Eu e o camisola amarela. Fiz queixa ao comissário, mas nada se passou...afinal o corredor era da equipa da casa (Grândola). Esta 2ª etapa foi ganha pelo Luís Machado (Viveiros V. Lourenço / Sintra CC), vencedor da Volta a Portugal Masters de 2009. Nesta 2ª etapa cortei o risco em 8º, isto depois de ter sido impedido de sprintar. Do mal o menos, não cai porque defendi-me ao travar nos últimos metros. O 3º Prémio Jose Amaro foi ganho por Luis Pinela da equipa do Prorace/Évorabike/CC Évora . Por equipas, a equipa Burguer Ranch / Portimão ficou no 6º lugar.

Classificações :

1ª etapa » 7º lugar

2ª etapa » 8º lugar

Classif. Final » 7º lugar

Falta de tempo

Infelizmente ainda não consegui arranjar um tempinho para fazer um rescaldo do 3º Prémio José Amaro - Grândola, disputado no passado fim de semana...mas fica a promessa que isso não vai falhar. Mais vale tarde que nunca. Portanto é certo que aqui neste ESPAÇO deixarei um resumo da minha visão sobre esta ultima prova em que participei. As classificações já estão disponíveis no site da Associação de Ciclismo de Setúbal. E no próximo domingo, 25 de Abril, a equipa BURGER RANCH / PORTIMÃO estará presente no Torrão (Alentejo) para mais uma edição do Prémio do Torrão.

20º Circuito Ciclista Concelho de Palmela

A sorte não me acompanhou neste fim de semana, na prova disputada em Palmela. Assim, a cerca de 15 quilómetros para a meta fui vitima de furo na roda traseira num momento muito complicado da corrida...aquilo ia a andar nas horas do cara...!!

Estradas em mau estado, tal como há um mês atrás na prova de abertura, propiciavam isto mesmo. Acontece que acabei por ter o furo precisamente numa zona onde a estrada até nem está muito má. Foi após a passagem por Águas de Moura, portanto já na estrada nacional em direcção a Setúbal. Compreendo que sendo a corrida denominada por "volta ao Concelho de Palmela", o seu trajecto fosse composto por passagens em estradas do concelho. Mas no estado em que estas estradas se encontram é complicado não haver azares...e se não há alternativas..."temos pena". Ao menos não houve quedas (julgo eu), do mal o menos.

Após inúmeras tentativas de fuga, o pelotão nunca deu veleidades a nenhum fugitivo (s), a maior parte das vezes a corrida foi sempre controlada pela equipa dos Viveiros Vítor Lourenço / Sintra CC e também pelo CC Salvaterra. E foi precisamente esta equipa que endureceu o ritmo de corrida nos últimos 25 quilómetros sensivelmente. Andamento forte imprimido na frente do pelotão.

Depois de furar, e só para ajudar ao momento, a corrente ainda ficou presa no esticador quando mudava para a roda suplente, talvez mais uns 30 segundos "a mais", se calhar provocado pelo facto de querer fazer rápido ou talvez pelo "stress" da situação...era um pouco como ver o "comboio" a partir e eu ali parado na "estação".

Certo, é que consegui reentrar no pelotão a cerca de 10 quilómetros para a meta. Fiz um esforço tremendo para o conseguir. Quando reentrei estava completamente "queimado". Num instante chegamos aos ultimos 3 quilómetros, que indicava o inicio de subida para a chegada em Palmela. Precisava das energias gastas naquele enorme esforço, despendido após o furo para recolar ao pelotão para o final de corrida, sempre difícil de Palmela...

Ainda assim tentei o melhor possível, acabando no 14º lugar. Mas nos últimos 200 metros em subida, nem consegui levantar-me do selim. Senti alguma frustração no final pelo sucedido, mas tenho de aceitar que é algo que faz parte de uma prova de ciclismo. Como em tudo a sorte é sempre necessária.

Em termos colectivos a minha equipa conseguiu um interessante 4º lugar, melhorámos o 5º posto da prova de abertura e Volta ao Concelho de Almodôvar.

Num pelotão com 107 corredores, terminaram 95 e sagrou-se vencedor o David Costa da equipa Fundiarte / Credito Agrícola Costa Azul. A equipa de Grândola venceu ainda colectivamente. Bom inicio de época da equipa alentejana, que já tinha vencido a Volta ao Concelho de Almodôvar com o Rui Rodrigues.

A 3ª corrida da época

Amanhã em Palmela corre-se o 20º Circuito Ciclista do Concelho de Palmela. Com partida para as 15 horas, a prova vai passar por Cabanas, Pinhal Novo, Lagameças, Poceirão, Águas de Moura, Lau e Palmela. Portanto um trajecto semelhante à prova de abertura, inclusive a partida no mesmo local e chegada também. A única diferença de realce é a não passagem na Lagoinha, uma subida relativamente curta, mas que nalgumas situações pode determinar uma corrida diferente. O que é certo é que vai-se encontrar de novo a estrada em muito mau estado ali para os lados de Lagameças e Poceirão se não estou em erro. Na prova de abertura, correu tudo bem, nada de quedas nem furos. Eu e todos os meus colegas de equipa passamos a prova de abertura sem azares.
E esse é o meu grande desejo para amanhã. Sem quedas e sem problemas com a bicicleta, (porque a estrada deve estar má como há 1 mês atrás), e isto já será meio caminho andado para que eu e a minha equipa possamos ter uma prestação positiva.

Balanço do mês de Março

9 treinos na estrada = 740 kms.

2 provas [ prova de abertura (1) + Volta Almodovar (3 etapas)] = 321 Kms.

1 treino na bicicleta BTT = 33 kms.

8 x (45 min. rolos) = 6 horas

Total mês de Março » 1094 kms.

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ACUMULADO do ano de 2010 :

# 101 horas de treino

# +- 78000 Kcal gastas

# 3110 kms. percorridos

Tour de Flandres

Foto : Um dos terriveis "pavé" em subidas de elevada inclinação...e o publico em grande numero como sempre acontece.

É já no próximo domingo, dia 4 de Abril, que se disputa uma das minhas corridas preferidas! Espectaculo garantido! A não perder na TV por todos os amantes do ciclismo! Esta clássica da Taça do Mundo abre um mês repleto de corridas emblemáticas.



"Enquanto a maior parte dos portugueses se dedicará a saborear pão-de-ló, folares, amêndoas e outras iguarias pascais, Manuel Cardoso (Footon-Servetto) e Rui Costa (Caisse D’Epargne) vão “comer o pão que o diabo amassou” no próximo domingo, 4 de Abril, já que terão pela frente os 262,3 infernais quilómetros da 94ª edição do Tour de Flandres".
"in jornal ciclismo"


"A primeira das grandes clássicas com empedrado do ano volta a juntar a nata dos especialistas em corridas de um dia, num traçado marcado pelos 15 “muros” do percurso, que vai ligar Bruges a Aankomst. Estes curtas mas inclinadas elevações são dificultadas, em quase toda a sua extensão, por piso empedrado, que endurece mais quando a Primavera faz greve e deixa prolongar as chuvas do Inverno. Além das subidas, a viagem conta com outros troços de “pavé” para que a selecção dos melhores não seja obra do acaso."
"in jornal ciclismo"