Rescaldo Maratona Extremo Sul - Taça do Algarve XCM#3

Decorreu no passado domingo em S. B. Messines,  a 3ª prova do calendário da Taça Regional do Algarve XCM-BTT , organizada pela Associação Extremo Sul.

Com temperaturas a rondar os 40º,  o forte calor foi um adversário de peso para os participantes a juntar a um percurso bem durinho, com algumas rampas de nível físico e técnico bem exigentes para um traçado de 74 km e 1600 mts de acumulado.
Em termos de organização, o percurso estava muito bem escolhido, fisicamente exigente, e as marcações estavam impecáveis. Não ouvi nem um único comentário negativo em relação a isso, o que só por si é significativo. Para quem está na parte da competição, o percurso e as marcações serão porventura o mais importante de uma prova de BTT-XCM.
É preciso lembrar que a Extremo Sul assegurou a organização desta 3ª maratona da Taça do Algarve à última da hora, por desistência do anterior organizador, o Clube Xelb, uma vez que no calendário constava a maratona de Silves. Não será fácil organizar um evento deste género em tão pouco tempo…
Em relação à minha prestação, tive um dia muito difícil…
A partir do km 50, foi mesmo um martírio. Cãibras umas atrás das outras, de tal forma que me obrigavam a ter de desmontar da bike, cheguei a ter cãibras nas duas pernas ao mesmo tempo!! Não conseguia, fazer o movimento de pedalar mesmo suave que fosse. Foi muito complicado o que passei. Uma fadiga muscular extrema.
No inicio da prova consegui andar bem e encontrar um bom ritmo que me permitiu estar entre os primeiros da prova.
Na passagem pela ZA1 por volta do KM 32 estava na 3ª posição em Vet. A, e dentro do Top 10 da Geral Absoluta. Pouco mais à frente depois de ser alcançado por outro atleta concorrente do meu escalão (A. Madeira da equipa Peçamodovar), segui ainda alguns Kms com ele, mas foi coisa pouca. Quando chegamos à zona mais dura da prova, situada entre o Km 40 e 50, rapidamente perdi a roda dele e pior que isso, instalava-se em mim uma sensação de “vazio”.  As “piranhas” começaram a aparecer, e de que maneira…
Não foi a 1ª vez que que sofri deste mal, mas desta forma só me lembro de algo parecido numa prova de estrada, realizada ao serviço da Selecção Nacional de Portugal. Foi em Espanha na “Vuelta Extremadura” e na altura, no já longínquo ano de 1994, não me esqueço que também fui obrigado a estender-me no asfalto porque foi de tal forma forte, que  quando as cãibras me agarravam, os músculos prendiam,  e assim ficavam durante largos segundos.
Portanto, este domingo foi dia de “carroça” e daquelas valentes! Passaram 3 dias, e ainda tenho dores musculares nas pernas precisamente, nas zonas musculares  onde mais sofri.
Com tudo isto, os últimos 15 km foram extremamente penosos e fui ate final naturalmente sempre a perder lugares, acabando por finalizar na 10ª posição em Vet.A.
 Depois de um fim-de-semana anterior bastante adverso, naturalmente que tinha espectativas para realizar uma boa prova em Messines, até porque a equipa Extremo Sul corria em casa. Infelizmente não foi assim, e agora é esperar por melhores dias.