No passado domingo, 29 de Julho decorreu em Loulé a 6ª e
penúltima prova pontuável para a Taça do Algarve BTT-XCM. A correr em casa o
Club BTT Loulé, desenhou um traçado de prova difícil, provavelmente com o
intuito de favorecer os atletas da casa, incidindo num percurso marcado pela
muita pedra existente, dificultando a progressão no terreno.
Intencional ou não, e falando por mim, tenho enormes
dificuldades neste tipo de terreno e não estou (nem quero estar) mentalizado
para correr riscos em zonas que facilmente provocam uma queda, e daquelas em
que a probabilidade de se ficar seriamente aleijado é grande!Apesar de o traçado escolhido favorecer os atletas mais técnicos, este percurso tornava-se perigoso para todos, pois quando se anda “a top” perde-se algum discernimento, pondo em perigo a integridade física dos participantes, o que veio a confirmar-se com algumas quedas feias, desistências e alguns a chegar muito atrasados, já com o controlo de tempo fechado, sendo por isso eliminados. É porque os atletas mais técnicos, por serem mais hábeis arriscam e às vezes mesmo a esses as coisas não correm bem… os outros que arriscam menos ou quase nada (onde eu me incluo) perdem muito tempo.
Naquelas zonas de descida com muita pedra (zonas técnicas???) e perigosas com certeza eu facilmente perdia 1 ou 2 minutos para outros atletas mais afoitos, e isso eles conseguiam sem esforço. Enquanto eu para ganhar algum tempo em zonas onde se consiga pôr andamento preciso me esforçar…para ganhar se calhar 10 ou 20 segundos.
Alguém me disse na semana passada, que este não era percurso para mim, e para seguir durante a prova com a máxima atenção (obrigado primo!)!
O Club BTT Loulé é sem dúvida uma das referências a nível
nacional, tendo um lote de atletas forte em todos os escalões, mas organizou
para mim a pior maratona da Taça do Algarve deste ano, quando falta apenas a
maratona de Lagos para concluir a competição.
Além de um percurso complicado, as marcações do percurso eram
também deficientes. Neste aspecto pior mesmo, só a maratona da Conceição de
Faro…Quanto à minha prestação, acabei satisfeito. Parti com o intuito de participar nesta prova com alguma tranquilidade sem arriscar o que fosse, como se de uma qualquer volta se tratasse. Média final de 154 de pulso indica-me que não andei nos limites. E para quê andar nos limites? Se ganhava 10 ou 20 seg. em zonas que conseguisse “pôr” andamento… a seguir perdia com naturalidade 1 ou 2 minutos nas zonas de risco e dificilmente cicláveis.
Era deixar correr a prova, e no fim se veria. Conclui no 10º lugar em VET. A que ainda deu para subir à 7ª posição no ranking da Taça do Algarve XCM.
Ahh…e desta vez não houve furos! Estreei as minhas rodas Tubeless que parecem oferecer outra segurança na condução e um maior conforto. Quando acabei a maratona, fiquei com a sensação que se tivesse vindo para esta prova com as outras rodas…talvez nem com uma caixa de câmaras de ar suplentes me deixasse concluir a prova.
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