No domingo 9 de Setembro,
desloquei-me até Espanha, à localidade de Bollullos del Condado, para correr
mais uma prova integrada na Copa Andaluza de Masters.
Com partida às 11h (hora local), a corrida de
78 km iria ser percorrida num circuito de 3 voltas de 27 km cada. A equipa do Chão das Donas era constituída apenas por 4 ciclistas: Cesar Mestre, João Antunes, Pedro Lourenço e eu. Connosco estava também o Ricardo Costa da equipa do G P Portelas. Todos nós do escalão Master 30, bem como a maior parte do pelotão, sendo o numero de Seniores bem menor, 78 Masters 30 e 19 Seniores totalizando um pelotão com 97 corredores.
A prova foi bem disputada, a um ritmo altíssimo desde o 1º kilómetro. Sem grandes dificuldade de relevo, a única subida do circuito teria cerca de 1,5 km, mas era feita em prato grande e a boa velocidade, o que não fazia grande mossa ao pelotão.
Apesar da velocidade sempre muito alta, os ataques eram uma constante principalmente da equipa Monferve / La Palma que com uma equipa numerosa (e valiosa) atacou forte durante a prova, colocando sempre corredores seus nas fugas.
A fuga mais importante deu-se ainda na 1ª volta com 3 ciclistas a conseguirem isolar-se e atingirem vantagem máxima na ordem do minuto e meio, que apesar do forte andamento do pelotão, não chegou a alcançar os 3 fugitivos, o que fez com que a vitória na corrida fosse decidida entre os 3 escapados que tiveram de ter um excelente andamento, pois só assim se explica o facto de conseguirem permanecer, e chegar isolados, quando atrás o pelotão rodava sempre a grande velocidade.
À entrada da última volta, portanto a cerca de 27 km para a meta, segui um ataque de um corredor da equipa de La Palma, e ganhamos alguma vantagem. Pouco depois juntavam-se a nós mais 3 corredores, um deles também da equipa de La Palma. De seguida mais 2, onde novamente 1 deles era da equipa de La Palma.
Ou seja formou-se um grupo de 7 corredores, onde 3 eram da equipa de La Palma. Perseguíamos os 3 da frente e ganhamos perto de 1 minuto ao pelotão que no entanto nunca adormeceu.
No entanto o entendimento na fuga não era o melhor, pois com 3 corredores num grupo de 7, de uma só equipa, provocava um desequilíbrio que fazia com que não se puxasse na frente com intensidade. Como resultado fomos absorvidos pelo pelotão a faltar qualquer coisa como 12 km para a meta.
Depois de ter investido na fuga, as forças já não eram muitas para encarar o sprint final.
Tentei o melhor resultado possível, e para isso coloquei-me bem na frente do pelotão, embora um pouco desamparado, pois para manter-me nos primeiros não tinha ninguem na minha frente para me resguardar do vento. Na última viragem antes da meta a uns 400 mts do risco de meta, entrei bem colocado na 4ª posição.
Os últimos 150 metros em ligeira subida foram fatais, sem força para aguentar o sprint, acabei por ser ultrapassado por 5/6 corredores e terminei na 9ª posição integrado no pelotão, que chegaria 23 segundos depois do vencedor.
78 km percorridos a uma média horária de 42.58 km/h diz bem da velocidade com que se andou nesta prova.
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