domingo, 31 de março de 2013

Serras Míticas de Portugal


Não estava no meu horizonte a participação nesta etapa do Trofeu Liberty Seguros - Serras míticas de Portugal.
Mas aproveitando a proximidade, e tambem alguma curiosidade em saber e perceber como funciona este evento, inscrevi-me já no ultimo dia de inscrições (quinta-feira passada), e lá fui participar.
E não me arrependo. Bem pelo contrário, tomei a opção certa ao decidir participar.
Tudo muito bem organizado, até a mostrar alguma grandeza em termos organizativos, até porque o nome dos patrocinadores assim fazia sugerir.
A ideía deste Troféu baseia-se no atual desenvolvimento do ciclismo, na sua vertente popular de contacto com a Natureza e de saudável prática do desporto que tem vindo a crescer muito no país.
As inúmeras provas de cicloturismo que semanalmente se realizam de norte a sul assim o demonstram;
Mas, dentro do ciclismo de estrada, também há aqueles que o praticam não só como passeio, mas como forma de manterem uma forma física elevada. São aqueles que procuram superar-se a nível físico e emocional, porque buscam barreiras permanentes a ultrapassar;
Para os que praticam ciclismo de estrada, BTT nas suas diversas vertentes, ou os que gostam de fazer cicloturismo, este é o desafio certo.
Trata-se de um evento desportivo inédito em Portugal.
Pena que o numero de participantes nesta etapa, a unica na região algarvia, tenha eventualmente ficado aquem do esperado pela organização, o que pode custar a não realização de uma nova etapa no próximo ano. Mais de 50% dos participantes seriam com toda a certeza de fora da região. Onde estavam todos aqueles que gostam de pedalar e desafiar os amigos e companheiros de pedaladas nas "corridas" de fim de semana???
Este parece-me o evento certo para quem gosta de pedalar, mas que por um lado não quer fazer ciclismo de competição e por outro não aprecia o andamento demasiado limitado que por norma existe nos tradicionais passeios cicloturisticos.
Os primeiros  60 kms foram com andamento controlado, mas a velocidade média foi próxima dos 30 km/h, optimo!

Depois do Km 60 lá estava a sinalética a indicar "Roda livre" e a partir dai tudo mudou. Com a presença de 5 ciclistas profissionais da Carmim / Tavira, a assumirem a frente do pelotão  o andamento ficou infernal! Em poucos kms, ainda antes da Sapeira o pelotão ficou reduzido a menos de 20 unidades! Depois quando entramos nas primeiras subidas do Alferce foi hora de eu procurar o meu próprio ritmo e seguir, porque tentar seguir até ao máximo aquele ritmo imposto pelos Homens do Tavira podia ser suicidio, e até ao Alto da Fóia ainda faltavam quase 30 km.
Foi a melhor opção, e deu para chegar à meta sem estar esgotado, e com o sentimento que podia ter forçado mais o andamento na subida de Monchique para a Fóia porque sentia-me em condições para isso.
No final 14º classificado na Geral e Master A.
Uma participação que resultou melhor do que qualquer treino que se faça, e próximo daquilo que é uma corrida de ciclismo!

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