No fim-de-semana de 20 e 21 de Março estive presente na 3ª Volta ao Concelho de Almodôvar, prova do escalão de Masters, este ano integrado no calendário nacional da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Em 2009, na altura a 2ª edição desta prova, esta havia sido para mim a corrida mais dura de toda a época. Agora em 2010 já esperava algo semelhante…muita dureza…
Refiro-me principalmente à 1ª etapa. Estavam previstos 98 kms, mas acabaram por ser 103 kms para ajudar ainda mais à “festa”.
De facto é uma crítica que faço aos organizadores e principalmente às pessoas que escolheram os trajectos da corrida. Acho que a própria organização só fica a perder, ao optar por um percurso demasiado duro. Isso notou-se no número de atletas inscritos. O pelotão não chegava aos 60 ciclistas na sua totalidade. Se calhar algumas equipas e ciclistas ao saberem o que os espera optam por não comparecer nesta corrida. Se bem me lembro no ano transacto o pelotão rondava os 120 corredores…este ano baixou para metade! A continuar assim, talvez consigam arranjar uns 20 ciclistas numa próxima edição. Coisa de loucos, diria eu!!!
Eu baseio esta crítica com argumentos:
1º Estamos em início de época…provavelmente, e só a título de exemplo, na semana anterior ocorreu uma prova para profissionais (A Volta ao Concelho de Albufeira) mais fácil do que esta Volta ao Concelho de Almodôvar.
2º O escalão de Masters é constituído por corredores amadores. Há uns que são mais do que outros, mas isso é outro assunto…
3º Um total de 247 kms para 3 etapas em 1 dia e meio…não serão demasiados quilómetros aliados à selectividade do percurso???
4º Lembro o meu caso (e o de outros) que até ocorrer a mudança para o “horário de verão” não conseguem treinar com o mínimo de regularidade…Eu faço rolos durante a semana, porque não tenho horário de trabalho que me possibilite treinar na estrada, e só ao fim de semana saio para a estrada. Isto sim é amadorismo.
5º Ao definir o percurso desta corrida, a organização deve ter pensado exclusivamente nalguns corredores que são quase profissionais em termos de disponibilidade para treinar, e como a equipa da casa tem alguns corredores nessa situação, talvez pudesse ser um modo de os favorecer …esquecem-se que nas outras equipas também há quem possa treinar bem, seja Inverno ou Verão.
6º Lembro que os mais velhos veteranos (escalão C) vêem – se quase obrigados a não participar numa corrida desta envergadura.
7º Para terminar e não sobrecarregar muito, com a possibilidade de efectuar uma ou duas chegadas em subida como foi o caso da 1ª e 2ª etapa, os mais fortes iriam sobressair sempre sem ser necessário recorrer à dureza quase “extrema”que nos foi imposta pelo percurso da 1ª etapa e assim castigar demasiado os menos aptos ou aqueles que pouco treino conseguem ter nesta altura do ano. Na 2ª etapa com 86 kms ou na 3ª com 58 kms essa dureza com esse calibre já não existiu…mas o mal já vinha de sábado com aquela terrível 1ª etapa.
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