sexta-feira, 29 de maio de 2009

2º Prémio da Vidigueira / Capital do pão alentejano

No passado sábado (23 Maio) teve lugar nesta localidade alentejana a 2ª edição do Prémio da Vidigueira / Capital do pão alentejano na distancia de 68 kms. Infelizmente o tempo não ajudou. Pelo menos a mim, que não gosto de chuva...e ela apareceu por volta do Kilometro 14 e não mais parou de chover. Por vezes era tão intensa que tive de tirar os óculos, pois mesmo com lentes transparentes não conseguia ver bem. Não me apercebi de nenhuma queda embora tivesse havido, mas o que é facto é que estava perigoso pois com tanta agua os travões da bicicleta não actuam.
A corrida acabou por ganhar alguma vivacidade devido a uma fuga de alguns elementos, que nunca chegou a ganhar muita vantagem (no escalão de Masters é o normal), mas que viriam a ser absorvidos pelo pelotão graças à acção da equipa Viveiros Vitor Lourenço / Sintra C.C., equipa esta que teve algum infortunio com alguns furos durante a corrida. Na passagem por uma localidade (algo perigoso, chovia muito e o piso era calçada), o pelotão acabou por se fraccionar devido ao elevado andamento imposto pela equipa dos Viveiros na perseguição à fuga. Quando anularam a fuga deviam estar no pelotão pouco mais de 30 ciclistas. Alinharam à partida 78, e houve 15 desistencias.
Na chegada, ao sprint acabei por finalizar na posição. Foi bom, mas sinceramente nunca me senti verdadeiramente bem durante a prova, não sei se era por causa da chuva que se fazia sentir, ou pelo facto de a estrada estar molhada tornando-a perigosa. Estive sempre receoso, com cautela e isso acabou por me prejudicar no sprint final onde entrei na ultima viragem à direita para a meta (instalada num falso plano) um pouco mal colocado, mas ainda assim acabei por recuperar alguns lugares nos 200 m. finais que me possibilitaram o lugar final.
Em suma, mais uma jornada positiva tanto a nivel individual como colectivo onde o Clube Recreativo Chão das Donas obteve na classificação por equipas o 4º lugar entre 10 equipas.
Próximo domingo é o grande dia...o Campeonato Nacional de Masters que vai decorrer em Grandola!! Oxalá o tempo esteja bom e corra tudo bem, sem azares...isso já é meio caminho andado para uma prestação positiva!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

XELB HADRA KURA 2009

Realizou-se no passado dia 10 de Maio em Silves a maratona de BTT denominada "XELB HADRA KURA". O evento pontuável para a Taça do Algarve de Maratonas foi organizado pelo clube de BTT Xelb. Muito bem organizada diga-se! Não sou experiente nestas andanças, muito pelo contrário, mas dei por bem empregue o tempo e os 10€ de inscrição dedicados a esta participação, tal a qualidade da organização. Quando cheguei a Silves bem cedinho, encontrei um parque enorme para estacionamento dos automóveis do pessoal que ia chegando. Fui levantar o dorsal, e tudo decorria de forma rápida, uma secção para Competição (os federados), e outra secção para Lazer (não federados). Impecável. Para quem não tinha comido o suficiente em casa, tinha à sua disposição logo no mesmo local, uns bolinhos, água, iogurtes, sumos e até máquina de café à disposição dos participantes. Sai um cafézinho para mim...só isso que já tinha o estomago confortável!
Por volta das 9h, é chegada a altura dos atletas serem chamados para a partida por ordem do dorsal, como era o 55 fiquei quase para o fim. Seriam uns 66 ciclistas.
Partida, e logo que saimos do alcatrão e entramos na terra, o pessoal ia se espalhando conforme o ritmo de cada um.
Eu não estava interessado em participar nesta maratona, (o meu colega de equipa Marco já me tinha perguntado se eu queria ir), mas achei que não seria conveniente porque este mês de Maio temos o Campeonato Nacional de Masters no dia 31, e essa é a prova mais importante para mim de toda a época, e eu não queria estar a arriscar uma queda ou algo do genero numa prova de BTT competitiva bem diferente daquela que tinha participado no mes de Abril em Portimão. Dai que quando surgiu a idéia de ir até Silves participar na maratona eu não estivesse para ai inclinado.
Mas tudo correu pelo melhor, optei por ir participar, porque acho que era um excelente treino ir correr a maratona e depois Silves fica tão próximo...Percursso muito bem marcado, bastante pessoal da organização envolvido. Em termos desportivos tambem foi bom, pois terminei no lugar esta maratona na distancia de 65 kms. No entanto no meu escalão, Veterano A fui classificado. Embora a classificação não fosse um objectivo, o resultado foi interessante, para mim, que desde do inicio da prova não arrisquei nada, sempre com máxima atenção nas descidas sem arriscar um palmo e tentando escolher sempre o melhor caminho e o melhor trilho para evitar qualquer percalço.
Sem problemas de maior, a minha Scott Vail já com uns anitos em cima, aguentou-se bem nada de avarias e o resultado disto foi quase 3 horas de treino (fiz a maratona em 2h 55) , inseridos nesta competição. Bem bom!
Fiquei com vontade de repetir! Acho que o ambiente é muito positivo, entre os concorrentes, existe uma saudável amizade e é isto ao fim ao cabo que um atleta amador que goste de fazer uma provas procura encontrar quando vai a estes eventos. Bem diferente das provas de ciclismo de estrada onde existe mais tensão, nervosismo e até alguma agressividade entre os ciclistas. Algumas situações, que já vivi este ano e o ano transacto nesta minha passagem pelo escalão de Masters, não me parecem interessantes do ponto de vista daquilo que é o desporto amador.
Para finalizar este memorando dou os parabens ao Clube Xelb pela qualidade do evento!!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Rui Costa fez História!


O meu tempo é muito curto. Gostava que os dias tivessem 28h. Talvez assim sobrasse algum tempo livre para mim...gostava de ter possibilidade de escrever mais aqui no meu blog, mas a minha vida actual não permite.
Não podia deixar passar em claro, a soberba vitória do jovem ciclista Português Rui Costa de apenas 22 anos, obtida em França. Os 4 Dias de Dunquerque é uma prova de topo do calendário UCI. O ciclista da Caisse D Epargne obteve na minha optica um titulo a todos os niveis brilhante!
Julgo que é a 1ª vez que um ciclista Português ganha a classificação geral final de uma prova por etapas deste nivel!!!
É verdade, tenho de investigar isto, mas acho que nem Alves Barbosa, nem Agostinho, Acácio da Silva, Jose Azevedo ou Sergio Paulinho, isto para citar os nomes mais sonantes que fizeram carreira alem fronteiras, obtiveram aquilo que o Rui Costa conseguiu.
E eu pergunto : Que imagens passou na Televisão Portuguesa acerca deste feito do Rui Costa?
...nem uma, tá claro!! Se fosse para indicar que um ciclista Português ou estrangeiro tinha acusado doping, então pelo menos num rodapé de um qualquer telejornal passava essa noticia...
Secalhar, se um jogador de uma equipa de futebol dos chamados grandes da Liga Portuguesa tivesse com uma dorzinha numa unha do pé, ate dava para entrevista...é triste.
Bravo Rui Costa!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

14º Prémio J. F. Torrão


No passado dia 25 de Abril decorreu mais uma edição da corrida organizada pela Junta de Freguesia do Torrão. É já uma clássica dentro do escalão de Veteranos, agora designado por Masters.
A corrida para Masters/Open, ou seja, Masters mas tambem aberta a Elites e Sub-23 amadores contou com a participação de 99 corredores para os 75.7 kms da prova. O percursso, é ida a Alcacer do Sal e voltar pela mesma estrada, que diga-se, não se encontrava nas melhores condições. Cortes de estrada frequentes, e desvios de via por motivo de obras de melhoramento (julgo eu) dessa estrada.
Foi uma prova com muita movimentação, ataques e contra ataques constantes, sempre a bom ritmo. A média final do vencedor foi de 40.07 km/h, o que significa que apesar das constantes arrancadas e desacelarações à boa maneira de correr em Portugal, a média foi interessante para um trajecto com algum sobe e desce ligeiro e algum vento.
A corrida decidiu-se pouco depois da saida de Alcacer, com mais uma movimentação na corrida que lançou 6 ciclistas e mais 4 logo de seguida, que se juntaram mais à frente para formar um grupo de 10 corredores em fuga. Com bons ciclistas a integrar essa fuga e ciclistas das principais equipas envolvidos, houve uma acalmia por instantes no pelotão, numa altura em que eu tinha acabado de tirar um cubo de marmelada do bolso e levei-o à boca. Perante a situação, tomei a iniciativa de devolver a metade do cubo de marmelada ao bolso da camisola para tentar a saida. Assim o fiz. Andei alguns kilometros entre o pelotão e os fugitivos. De entre os fugitivos há um que perde o contacto, isso leva-me a crer que na fuga ou não há entendimento, ou o andamento é elevado... Acabei por não conseguir chegar aos fugitivos. O meu colega Marco Nunes, vinha na cabeça e trazia todo o pelotão atrás dele. Fiquei surpreendido com aquilo. Não me pareceu o mais correcto...
No final da corrida conversamos sobre isso. Ele disse-me que eu ia a desgastar-me ali, sozinho à frente do pelotão e não conseguia encostar na fuga. É a opinião dele. Discordei disso. Mesmo que o pelotão viesse a me a controlar à distancia, algo tinha de ser feito, pois não tinhamos ninguem na fuga. E o desgaste que estava eu a sofrer naquela tentativa, iria por consequencia provocar o desgaste a quem quizesse perseguir. Entendo que não seria um colega a faze-lo...e daquela forma eu poderia estar a obrigar o pelotão a não adormecer numa altura decisiva da corrida.
Mais sensato seria, quando eu fosse "caçado" pelo pelotão, logo de seguida atacava outro colega. Ou pegar na corrida e assumir a perseguição...mas isso obrigava a equipa a trabalhar em prol de 1 elemento, e não é essa a forma de estarmos ali.
A fuga não mais foi alcançada, e chegou ao Torrão com cerca de 1 minuto de vantagem. Para quem conhece aquela localidade, vindo de Alcacer do Sal, tem uma ligeira subida e algumas viragens apertadas já dentro da localidade, isto nos 2.5 kms finais.
Após um ataque do Rui Rodrigues (CCLA) no final da subida já no Torrão, contra ataquei e comigo veio um ciclista do C.C. Salvaterra. Ganhamos uma ligeira vantagem para a cabeça do pelotão, e assim se manteve ate à meta onde o ciclista do Salvaterra após ter entrado na frente na ultima curva, foi mais forte que eu.
Balanço positivo, afinal sempre acabei a prova no 12º lugar na geral individual dos 75 que terminaram a corrida.
Em termos colectivos, foi pena a minha equipa, o C.R.Chão das Donas não ter colocado nenhum ciclista na fuga certa.
Passado uns dias, (no 1 de maio se não estou em erro), estava em casa do meu pai a beber um café e a beber um digestivo, quando surge na conversa a corrida do Torrão. Ele puxou de sua memória e recorda-se de ter estado no Torrão numa corrida para Veteranos e de a ter ganho.
Fui olhar os trofeus e memórias que ele guarda lá em casa...e lá estava a taça do 1º lugar com a inscrição " Junta Freguesia do Torrão / 25 abril 1980 / 1º classificado".
Grande campeão!!!
Os tempos eram outros...era corridas mesmo só para veteranos, tinha de se ter no minimo 35 anos e não se podia ter sido profissional nos ultimos 2.
A corrida esteve vários anos sem se realizar depois disso, recorda o meu pai, porque na 1ª vez que abriram uma excepção, houve um corredor que tinha sido profissional 1 ou 2 anos antes e deixaram-no participar na prova do Torrão...esse corredor acabou por falecer na corrida devido a um acidente.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

2º Premio Jose Amaro - Grandola


Foi no passado 18 e 19 de Abril que decorreu a 2ª edição desta prova, na região de Grandola donde é natural esse antigo ciclista (entretanto falecido) Jose Amaro. Por falta de disponibilidade minha, só agora venho aqui registar umas palavras acerca dessa que foi a 3ª prova da época de 2009.
Primeiro que tudo, vou dizer aqui no "O meu espaço", que a prova decorreu com um nivel muito alto. Do melhor que há no nosso pais! Parabens à organização ! Parabens ao CCLA pelo fim de semana de ciclismo que proporcionou aos ciclistas e a todos os que estiveram envolvidos, às pessoas que acompanharam a prova...população etc!
118 ciclistas em representação de 14 equipas estiveram na partida para a 1ª etapa Grandola / Senhora da Penha na distancia 88.3 kms. A chuva fez a sua aparição na ultima hora de corrida, o que ajudou a endurecer a corrida. Já conhecia a chegada, pois tambem o ano passado a 1ª etapa tinha acabado no mesmo sitio. Fiz 15º na etapa inaugural. Perdi 10 segundos para o vencedor. Foi bom! mas o que é certo é que podia ter sido melhor...a estrada era muito estreita e entrei mal colocado nos ultimos 3 kms (para a contagem de montanha coincidente com a meta final). Não é desculpa...porque toda a gente quer entrar bem depois daquela viragem à direita para a parte final da etapa. Isso deu origem, a que tivesse, por mais de uma vez dificuldade em passar atletas que iam descolando, ate sai fora da estrada 1 vez...para ultrapassar. O pulsómetro nao me deixa mentir...pulso máximo 173. Portanto não fui ao máximo!!!
A etapa 2 ligava Melides a Grandola, 73.6 kms.
Nesta etapa pensei em estar atento aos "Sprints especiais" em Roncão e Melides (Km 20 e 56 sensivelmente). Pontuei no 1º sprint, mas apenas no 3º lugar. Bom, da forma como este sprint se passou, achei que não valia a pena gastar energias na discussão do outro que faltava. 1º porque matematicamente, já não dava para ir ao 1º lugar da classificação dos sprints especiais, 2º porque o jogo de equipa é importante, e quando fui discutir o 1º sprint especial do dia, olho...e vejo que tenho 2 ciclistas do Benfica de Almodovar e 2 do CC Salvaterra ali na discusão. Eu ali, estava sozinho, eles tinham a preparação dos colegas! Essas são duas das equipas mais fortes do pelotão. Podem jogar desta forma.
Com uma contagem de montanha a cerca de 10 kms. da meta, era previsivel que a parte final fosse extremamente complicada. E foi! Apenas 21 ciclistas chegaram com o tempo do vencedor, e eram 106 à partida para a 2ª etapa... Na chegada os comissários, só conseguiram registar o dorsal dos 4 primeiros ciclistas a cortar a linha de meta ...hmmm. Ta mal assim! Classificaram vários ciclistas com o 5º lugar...por ordem de dorsal. Apesar de ser chegada em pelotão, ou o que restava dele, não se justifica que não conseguissem tirar os dorsais na chegada. Pelas fotos que tive oportunidade de ver dessa chegada, devo ter sido 8ºou 9º. Mas no comunicado oficial da prova, fui 5º. Eu mais 11 ciclistas ficamos registados com o 5º lugar na etapa 2.
Na parte da tarde de domingo, estava reservado o Contra-relógio por equipas. A minha equipa encontrava-se antes do contra-relogio em 5º lugar na classificação colectiva. Isso dava para ir ao podio! Espectativa para ver se conseguiamos manter essa posição...E CONSEGUIMOS!! Fizemos o 6º tempo no Crono, a apenas 2 segundos da 5ª equipa.
Acabamos no lugar final, na classificação colectiva. E eu na geral individual ainda subi um lugar, fui 14º na geral individual final! Foi uma prestação muito boa, tanto a nivel individual, como no colectivo! Com tantas boas equipas ali...sacar um 5º lugar final era de facto motivo de satisfação.
Na edição de 2008 desta prova, havia sido 24º na classificação final, este ano fiquei 10 lugares acima. Melhorei o que já de bom tinha feito em 2008. Embora ai tenha conseguido um 5º lugar na 3ª etapa, o circuito de Grandola que este ano foi substituido pelo contra-relogio por equipas.
Para finalizar, deixo uma critca. Não me parece aceitável que haja eliminações neste escalão de Masters, ou seja amadores. Não faz sentido que na 2ª etapa chegue um grupo de cerca 15 unidades com 15 minutos de atraso, entre eles o meu colega João Antunes, e por 2/3 minutos depois do controlo fechado, eliminem todos eles!!! Houve bastantes ciclistas, que se viram privados de terminar a sua prova, devido ao rigor do fecho de controlo. Aconteceu na 1º etapa e aconteceu na 2ª etapa tambem. Está mal! Porque assim defende-se o quê?? O amadorismo não é concerteza...para muitos participantes, o objectivo é participar na competição e disfrutar...dando o seu melhor!
É um aspecto muito importante, devia ser revisto, pelos organizadores e responsaveis das provas (Volta ao Concelho de Almodovar e Premio Jose Amaro) ainda mais porque envolve vários escalões etários os Masters (A, B e C), e ainda com os Elites Amadores...há muita diferença de idade e de andamento... esse é um aspecto negativo não só do 2º Prémio Jose Amaro , como tambem o foi a 2ª Volta ao Concelho de Almodovar.