No passado dia 25 de Abril decorreu mais uma edição da corrida organizada pela Junta de Freguesia do Torrão. É já uma clássica dentro do escalão de Veteranos, agora designado por Masters.
A corrida para Masters/Open, ou seja, Masters mas tambem aberta a Elites e Sub-23 amadores contou com a participação de 99 corredores para os 75.7 kms da prova. O percursso, é ida a Alcacer do Sal e voltar pela mesma estrada, que diga-se, não se encontrava nas melhores condições. Cortes de estrada frequentes, e desvios de via por motivo de obras de melhoramento (julgo eu) dessa estrada.
Foi uma prova com muita movimentação, ataques e contra ataques constantes, sempre a bom ritmo. A média final do vencedor foi de 40.07 km/h, o que significa que apesar das constantes arrancadas e desacelarações à boa maneira de correr em Portugal, a média foi interessante para um trajecto com algum sobe e desce ligeiro e algum vento.
A corrida decidiu-se pouco depois da saida de Alcacer, com mais uma movimentação na corrida que lançou 6 ciclistas e mais 4 logo de seguida, que se juntaram mais à frente para formar um grupo de 10 corredores em fuga. Com bons ciclistas a integrar essa fuga e ciclistas das principais equipas envolvidos, houve uma acalmia por instantes no pelotão, numa altura em que eu tinha acabado de tirar um cubo de marmelada do bolso e levei-o à boca. Perante a situação, tomei a iniciativa de devolver a metade do cubo de marmelada ao bolso da camisola para tentar a saida. Assim o fiz. Andei alguns kilometros entre o pelotão e os fugitivos. De entre os fugitivos há um que perde o contacto, isso leva-me a crer que na fuga ou não há entendimento, ou o andamento é elevado... Acabei por não conseguir chegar aos fugitivos. O meu colega Marco Nunes, vinha na cabeça e trazia todo o pelotão atrás dele. Fiquei surpreendido com aquilo. Não me pareceu o mais correcto...
No final da corrida conversamos sobre isso. Ele disse-me que eu ia a desgastar-me ali, sozinho à frente do pelotão e não conseguia encostar na fuga. É a opinião dele. Discordei disso. Mesmo que o pelotão viesse a me a controlar à distancia, algo tinha de ser feito, pois não tinhamos ninguem na fuga. E o desgaste que estava eu a sofrer naquela tentativa, iria por consequencia provocar o desgaste a quem quizesse perseguir. Entendo que não seria um colega a faze-lo...e daquela forma eu poderia estar a obrigar o pelotão a não adormecer numa altura decisiva da corrida.
Mais sensato seria, quando eu fosse "caçado" pelo pelotão, logo de seguida atacava outro colega. Ou pegar na corrida e assumir a perseguição...mas isso obrigava a equipa a trabalhar em prol de 1 elemento, e não é essa a forma de estarmos ali.
A fuga não mais foi alcançada, e chegou ao Torrão com cerca de 1 minuto de vantagem. Para quem conhece aquela localidade, vindo de Alcacer do Sal, tem uma ligeira subida e algumas viragens apertadas já dentro da localidade, isto nos 2.5 kms finais.
Após um ataque do Rui Rodrigues (CCLA) no final da subida já no Torrão, contra ataquei e comigo veio um ciclista do C.C. Salvaterra. Ganhamos uma ligeira vantagem para a cabeça do pelotão, e assim se manteve ate à meta onde o ciclista do Salvaterra após ter entrado na frente na ultima curva, foi mais forte que eu.
Balanço positivo, afinal sempre acabei a prova no 12º lugar na geral individual dos 75 que terminaram a corrida.
Em termos colectivos, foi pena a minha equipa, o C.R.Chão das Donas não ter colocado nenhum ciclista na fuga certa.
Passado uns dias, (no 1 de maio se não estou em erro), estava em casa do meu pai a beber um café e a beber um digestivo, quando surge na conversa a corrida do Torrão. Ele puxou de sua memória e recorda-se de ter estado no Torrão numa corrida para Veteranos e de a ter ganho.
Fui olhar os trofeus e memórias que ele guarda lá em casa...e lá estava a taça do 1º lugar com a inscrição " Junta Freguesia do Torrão / 25 abril 1980 / 1º classificado".
Grande campeão!!!
Os tempos eram outros...era corridas mesmo só para veteranos, tinha de se ter no minimo 35 anos e não se podia ter sido profissional nos ultimos 2.
A corrida esteve vários anos sem se realizar depois disso, recorda o meu pai, porque na 1ª vez que abriram uma excepção, houve um corredor que tinha sido profissional 1 ou 2 anos antes e deixaram-no participar na prova do Torrão...esse corredor acabou por falecer na corrida devido a um acidente.
A corrida para Masters/Open, ou seja, Masters mas tambem aberta a Elites e Sub-23 amadores contou com a participação de 99 corredores para os 75.7 kms da prova. O percursso, é ida a Alcacer do Sal e voltar pela mesma estrada, que diga-se, não se encontrava nas melhores condições. Cortes de estrada frequentes, e desvios de via por motivo de obras de melhoramento (julgo eu) dessa estrada.
Foi uma prova com muita movimentação, ataques e contra ataques constantes, sempre a bom ritmo. A média final do vencedor foi de 40.07 km/h, o que significa que apesar das constantes arrancadas e desacelarações à boa maneira de correr em Portugal, a média foi interessante para um trajecto com algum sobe e desce ligeiro e algum vento.
A corrida decidiu-se pouco depois da saida de Alcacer, com mais uma movimentação na corrida que lançou 6 ciclistas e mais 4 logo de seguida, que se juntaram mais à frente para formar um grupo de 10 corredores em fuga. Com bons ciclistas a integrar essa fuga e ciclistas das principais equipas envolvidos, houve uma acalmia por instantes no pelotão, numa altura em que eu tinha acabado de tirar um cubo de marmelada do bolso e levei-o à boca. Perante a situação, tomei a iniciativa de devolver a metade do cubo de marmelada ao bolso da camisola para tentar a saida. Assim o fiz. Andei alguns kilometros entre o pelotão e os fugitivos. De entre os fugitivos há um que perde o contacto, isso leva-me a crer que na fuga ou não há entendimento, ou o andamento é elevado... Acabei por não conseguir chegar aos fugitivos. O meu colega Marco Nunes, vinha na cabeça e trazia todo o pelotão atrás dele. Fiquei surpreendido com aquilo. Não me pareceu o mais correcto...
No final da corrida conversamos sobre isso. Ele disse-me que eu ia a desgastar-me ali, sozinho à frente do pelotão e não conseguia encostar na fuga. É a opinião dele. Discordei disso. Mesmo que o pelotão viesse a me a controlar à distancia, algo tinha de ser feito, pois não tinhamos ninguem na fuga. E o desgaste que estava eu a sofrer naquela tentativa, iria por consequencia provocar o desgaste a quem quizesse perseguir. Entendo que não seria um colega a faze-lo...e daquela forma eu poderia estar a obrigar o pelotão a não adormecer numa altura decisiva da corrida.
Mais sensato seria, quando eu fosse "caçado" pelo pelotão, logo de seguida atacava outro colega. Ou pegar na corrida e assumir a perseguição...mas isso obrigava a equipa a trabalhar em prol de 1 elemento, e não é essa a forma de estarmos ali.
A fuga não mais foi alcançada, e chegou ao Torrão com cerca de 1 minuto de vantagem. Para quem conhece aquela localidade, vindo de Alcacer do Sal, tem uma ligeira subida e algumas viragens apertadas já dentro da localidade, isto nos 2.5 kms finais.
Após um ataque do Rui Rodrigues (CCLA) no final da subida já no Torrão, contra ataquei e comigo veio um ciclista do C.C. Salvaterra. Ganhamos uma ligeira vantagem para a cabeça do pelotão, e assim se manteve ate à meta onde o ciclista do Salvaterra após ter entrado na frente na ultima curva, foi mais forte que eu.
Balanço positivo, afinal sempre acabei a prova no 12º lugar na geral individual dos 75 que terminaram a corrida.
Em termos colectivos, foi pena a minha equipa, o C.R.Chão das Donas não ter colocado nenhum ciclista na fuga certa.
Passado uns dias, (no 1 de maio se não estou em erro), estava em casa do meu pai a beber um café e a beber um digestivo, quando surge na conversa a corrida do Torrão. Ele puxou de sua memória e recorda-se de ter estado no Torrão numa corrida para Veteranos e de a ter ganho.
Fui olhar os trofeus e memórias que ele guarda lá em casa...e lá estava a taça do 1º lugar com a inscrição " Junta Freguesia do Torrão / 25 abril 1980 / 1º classificado".
Grande campeão!!!
Os tempos eram outros...era corridas mesmo só para veteranos, tinha de se ter no minimo 35 anos e não se podia ter sido profissional nos ultimos 2.
A corrida esteve vários anos sem se realizar depois disso, recorda o meu pai, porque na 1ª vez que abriram uma excepção, houve um corredor que tinha sido profissional 1 ou 2 anos antes e deixaram-no participar na prova do Torrão...esse corredor acabou por falecer na corrida devido a um acidente.
Acho que acima de tudo foi uma boa prestação da equipa, pois não é fácil sair neste pelotão. Com os erros é que se aprende e a falar é que se resolvem as coisas, por isso penso que só se pode melhorar daqui para a frente. Do pouco que vejo, pois ando sempre escondido (pois, pois), e do pouco tempo que aqui levo, parece-me que a malta se está a aventurar mais na corrida e um dia a vitória aparece!
ResponderEliminarAbraço e vai treinando porque senão dou cabo de ti (estou a sonhar eheh)
A sonhar ???...Nada disso JP, tás é a aprender algo de novo...Abraço.
ResponderEliminare olha que estou a aprender mesmo! vamos ver se a aprendizagem resulta...
ResponderEliminarolha em relação ao meu blog, eu sei que tu visitas aquilo e também sei que só não comentas mais devido ao tempo disponível. Estás na boa... Um abraço miúdo.