quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Caderneta de cromos (2ª edição)

Fotografia: O sr. agente da PSP atento "aos movimentos" do veiculo de matricula espanhola com decorações de apoio a Alberto Contador.

Cromo Nº2

“Cromo nº 2 – aqui eram 3 em 1; passo a explicar: eram 3 agentes da PSP, um deles graduado, talvez por se julgar mais importante era o “maior cromo”.”

Já tinha dado a entender, quando aqui falei do cromo nº 1, que a actuação dos agentes da PSP que se encontravam naquele local foi no mínimo desastrosa.
O agente graduado que ali se encontrava foi capaz de “embirrar” com tudo e todos.
Primeiro, era porque os carros de apoio das equipas, paravam logo ali no início da rua Infante D. Henrique, depois de terminado o apoio ao ciclista que entretanto se dirigiu para a meta. Aqueles carros ali parados não faziam mal a ninguém. Naquela zona só circulavam veículos afectos à prova, quer sejam carros de apoio, batedores da GNR, comissários…acontece que os carros de apoio, nalguns casos queriam esperar que o seu ciclista terminasse o contra relógio, e levavam-no a ele e à bicicleta de novo para Lagoa, onde provavelmente estaria o autocarro da equipa à espera para o atleta tomar o seu banhito e comer alguma coisa após o crono. Algumas equipas teriam delineado o seu modo de operar desta forma. Outras tinham o camião oficina ou o autocarro na zona ribeirinha e alguns ciclistas terminavam o crono e ficavam por ali. De qualquer forma, os carros ali parados 5 minutos que fosse não estorvavam nada, e quem chegava a seguir não ficava impedido de ir embora de novo para o local de partida. Mas o graduado da PSP não entendeu isso.
A seguir decidiu “chatear” as pessoas que se encontravam no passeio (SIM, NO PASSEIO), no lado direito da estrada. Os ciclistas viravam à esquerda, para a Casa Inglesa, que mal fariam aquelas pessoas ali? Talvez o senhor policia tivesse resposta para isso. As pessoas insurgiram-se contra essa atitude do senhor agente.
Estavam ali fotógrafos profissionais na sua maioria estrangeiros, que acompanhavam a prova devidamente credenciados. Aquela zona de viragem era uma boa zona para fotografar. Também fiquei por ali a sacar umas fotos, embora por vezes a minha máquina fotográfica não conseguisse acompanhar a velocidade de deslocação dos ciclistas, e ficavam fora da foto ou apanhava apenas meia roda… mas esse é outro assunto.
Os fotógrafos tiveram de sair de onde estavam e outros populares como eu. Alguns riram-se…talvez não estivessem habituados a um agente tão perspicaz! Acabaram por se colocar um pouco mais abaixo e fazer o seu trabalho. Eu fiz o mesmo. Afastei-me um pouco e arranjei ali um lugarzito para tirar umas fotos e que não incomodasse o Sr. Policia.
O que faz estas coisas acontecerem é a falta de conhecimento da modalidade que é o ciclismo por parte de agentes da autoridade como este. Não conhecem a modalidade. A mim o que me faz alguma confusão é este agente e outros do mesmo género incomodarem pessoas que não chateiam ninguém.
No entanto aqueles que perturbam a ordem pública, muitas vezes nada lhes é dito ou nem se aproximam. Talvez para evitar represálias…principalmente se a confusão vier de uma determinada etnia, onde as regras e boas maneiras são só para os outros…
Há situações em que faz falta bom senso. Há pessoas que por terem uma farda de uma autoridade em cima da pele sentem-se grandes.
Figuras tristes…

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